Programa de Mentoria para Startups e Scale-ups: governança para empreendedores e investidores

Em artigo, responsável técnica fala sobre estruturação de nova iniciativa do IBGC

  • 18/06/2020
  • *Autora Convidada
  • Artigo

As startups e scale-ups – novos modelos organizacionais de crescimento ultrarrápido e exponencial – crescem a olhos vistos no Brasil. Desde 2011 já foram criadas mais de 12 mil startups e 40 aceleradoras, segundo dados da ABStartups, mostrando uma face pujante do empreendedorismo brasileiro. No entanto, estas organizações apresentam desafios enormes para se perenizar, quase 70% delas encerram atividades entre os dois e cinco primeiros anos, de acordo com a Startup Farm.

O IBGC, em total alinhamento ao seu propósito, lança neste semestre seu Programa de Mentoria para Startups e Scale-ups, fruto de um robusto trabalho desenvolvido em conjunto pela Comissão da Comunidade de Conselheiros Certificados, pela Comissão de Startups e Scale-ups e pela Comissão de Inovação, sob coordenação de Lucas Legnare, gerente de Certificação do instituto.

A estruturação do programa foi baseada em abrangente mapeamento e benchmark com as mais conhecidas plataformas de mentoria no país e em Israel, além de entrevistas com renomados especialistas no ecossistema de startups. A partir destes levantamentos, ficou claro que a “marca do IBGC é a governança, e é com este valor único que os parceiros e outros interessados precisam ser apoiados”.

O Programa de Mentoria para Startups e Scale-ups está sintonizado com outras importantes iniciativas do IBGC: o lançamento da publicação Governança corporativa para startups e scale-ups, apresentando um framework de governança específico para o ecossistema; as parcerias com hubs de inovação aberta e aceleradoras como Cubo Itaú, InovaBra e Distrito.me, entre outras; e, finalmente, a pesquisa sobre o perfil e as percepções de governança nas startups brasileiras.

Segundo a pesquisa do IBGC, nos próximos três anos as startups planejam, majoritariamente, captar recursos para crescer (87%) e realizar parcerias (52%). E é justamente aí que a governança corporativa aparece com força: de zero a dez, a governança ganha peso nove como fator relevante para atingir objetivos estratégicos, apontaram os empreendedores. 

Diferentemente de outros programas de mentoria do mercado, a iniciativa do IBGC terá como foco a inserção de práticas de governança para apoiar o crescimento e a perenidade das startups e scale-ups. Nesse sentido, o programa contribui de forma muito significativa para o ecossistema, caracterizando-se como o “braço” de governança de aceleradores e investidores.

Indicados dentre os conselheiros de administração certificados pelo IBGC (CCIs), os mentores terão papel fundamental: ajudarão os empreendedores a interpretar e aplicar o framework de governança para startups, considerando os desafios mais urgentes dessas organizações.

A cada edição do programa, até dez startups indicadas pelos parceiros serão contempladas. Um grupo formado por membros das comissões envolvidas fará a análise detalhada do momento e dos desafios de cada startup indicada. Posteriormente, o grupo identificará os potenciais mentores no Banco de Conselheiros do IBGC, que já está preparado para receber as inscrições dos interessados em atuar na mentoria.

Para Legnare, o programa vai apoiar efetivamente os empreendedores ao contar com a experiência e o conhecimento de conselheiros certificados para contribuir e incorporar os aspectos de governança mais essenciais para o momento de cada startup, somados às principais necessidades de negócio e às oportunidades de networking com grandes empresas e potenciais investidores.

Além de Legnare, compõem o grupo de trabalho (GT) do Programa de Mentoria para Startups e Scale-ups: Célia Assis, responsável técnica; Oscar Boronat, pela Comunidade de Conselheiros Certificados do IBGC (CCIs); Carla Leal, Celso Ienaga, Maria Carolina dos Santos e Mônica Pires, pela Comissão de Inovação do instituto; e Marcelo Hoffmann, pela Comissão de Startups e Scale-ups do IBGC.

Sobre a autora

É conselheira de administração, consultora e responsável técnica pelo Programa de Mentoria para Startups e Scale-ups do IBGC.

Este artigo é de responsabilidade da autora e não reflete, necessariamente, a opinião do IBGC.

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