Sucessão familiar deve considerar aspectos emocionais

Inspirado na publicação Sucessão em Empresas Familiares, Capítulo Pernambuco do IBGC debate o processo

  • 07/10/2020
  • Ana Paula Cardoso
  • Eventos

O que uma empresa familiar precisa fazer para seu processo sucessório dar certo? Em primeiro lugar, não esquecer os valores da família. Em segundo lugar, assumir que esta tomada de decisão é fundamental para manter a empresa lucrativa e longeva. “Tem que ter empatia e método. Porque nas empresas familiares muitas vezes as decisões são tomadas na piscina ou almoço de domingo”, afirmou David Rodrigues, CEO da Makro Engenharia, participante do Fórum de Debates - Jornada de sucessão: equilíbrio entre aspectos técnicos e sócioemocionais, promovido pelo Capítulo Pernambuco do IBGC na última terça-feira (6).

Para o método, contratação de consultorias ou publicações como a de Sucessão em Empresas Familiares do IBGC podem ajudar. Mas quando o assunto é a questão de ordem emocional, optar por uma terapeuta foi a decisão da Makro Engenharia. “Antes a gente achava que um contador, um advogado e uma planilha de Excel resolveriam tudo. Houve resistência, mas hoje sei que a psicóloga foi a melhor contratação que fizemos”, contou Rodrigues.

Laços além da empresa

Moderadora do debate, Maria Eduarda Brennand, membro da 3ª geração do Grupo Cornélio Brennand, copresidente do conselho de família e membro dos conselhos de sócio e de administração, lembrou que para-se  pouco para pensar a questão do coração e da cabeça na hora da sucessão. “Em empresas familiares temos laços que não são somente técnicos. E se isso não for levado em consideração, a sucessão pode fracassar”, acrescentou Maria Eduarda.

Os participantes fizeram uma analogia esportiva para definir o processo de sucessão nas empresas familiares: não é uma corrida de 5 km. É uma maratona. É preciso, para dar certo, primar pela qualidade da comunicação. Ter o cuidado de bem informar os colaboradores. Não tentar esconder nem dos colaboradores e nem dos chamados agregados:  noras, genros, filhos, sobrinhos.

Para Mariana Moura, coordenadora do conselho de acionistas do Grupo Moura, conselheira independente e vice-presidente do Instituto Conceição Moura, o grande desafio é como conciliar valores predominantes  no business – como pragmatismo, rapidez de decisão etc -  com os valores de familiares – como desejo de proteger, querer ser feliz e tomar cerveja com seus irmãos sem rancor. “Nenhum pode prevalecer sobre o outro. Ambos precisam convergir. E a parte do desenvolvimento humano e do grupo costuma ser negligenciado na hora de decidir a sucessão nas empresas familiares”, alertou Mariana. 


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