Conheça 3 frentes de atuação do Governance Officer

 Com atribuições mais estratégicas, posição articula a relação entre conselheiros e lideranças executivas

  • 25/06/2021
  • Gabriele Alves
  • Cursos

A posição de Governance Officer tem absorvido transformações tão positivas que seu grau de valorização tem sido cada vez mais alto entre as companhias ao redor do mundo. A começar pelo seu nome que foi reformulado, a fim de dar maior visibilidade à evolução da função e à própria governança no dia a dia das empresas.

Antes, as atribuições dos profissionais que atuam junto aos órgãos de governança eram limitadas a organizar e mediar as reuniões do conselho, dar a palavra as pessoas, organizar a pauta para que os membros tomassem conhecimento sobre o que seria feito no dia, além de alertar para a questão de tempo e documentar a ata, por exemplo. Cargo este denominado como Corporate Secretary ou secretário de governança que agora cede espaço para uma atuação mais ampla e estratégica do Governance Officer.

Ao lado desta transformação, destacam-se também a consciência sobre o papel da governança como um todo nas empresas, além da necessidade de maior fluidez na interação entre os órgãos de administração e as instâncias compostas pelas lideranças executivas da companhia. Nesta direção, o Governance Officer desponta não só como o responsável pelo assessoramento das instâncias administrativas, mas também como intermediador entre o conselho administrativo e outros órgãos executivos e que pensa de forma estratégica, com visão holística e crítica sobre as melhores práticas de governança para a empresa.

“Essa pessoa foi sendo desenvolvida e se tornou a referência de governança dentro da companhia. Passou, então, a ser o head de governança corporativa. Trata-se de alguém que entende todas as regras de governança da empresa e do país em que ela está atuando, com uma função mais estratégica e não só operacional”, descreve José Eduardo Castilho, advogado e membro da Comissão de Governance Officers do IBGC. Castilho ainda pondera que essa posição de head de governança nas companhias compete a atuação profissional em 3 frentes principais. São elas:

1. Frente operacional, focada na realização das reuniões, formalização do que é decidido nestes encontros, bem como o cumprimento dos normativos

2. Frente estratégica, voltada a trazer inovações de governança para a empresa, fazer alertas para os membros sobre pontos que estão sendo discutidos no mercado e no mundo e que não estão sendo tão observados internamente. Além de melhorar aqueles na sua própria governança.

3. Frente de relacionamento, tendo em vista que as informações entre os órgãos de decisão, de fiscalização e de assessoramento das empresas são, muitas vezes, delicadas, é necessário que o profissional de Governance Officer seja a ponte entre gestores executivos e membros da administração.

Com o desenvolvimento dessa posição e com outras atribuições sendo incorporadas ficaram em evidência não só a relevância deste profissional para as companhias, mas a necessidade de aperfeiçoamento e capacitação para assumir os compromissos de um profissional que é visto como o guardião da governança.

Nesta perspectiva, atento à importância de qualificar esses profissionais para liderarem as áreas de governança das organizações, o IBGC oferece o curso Governance Officer ao público com experiência e/ou conhecimento amplo em governança corporativa, ou que tenha sido convidado a liderar, criar ou estruturar uma área de governança. O conteúdo apresenta um repertório teórico robusto acerca dos temas de governança, bem como uma perspectiva prática de atuação do Governance Officer. As competências comportamentais desse profissional que, por vezes, assume a função de articulador, facilitador e aconselhador, também são amplamente exploradas neste treinamento.

O especialista José Eduardo, por sua vez, aconselha que as empresas não devem esperar por uma estrutura grandiosa para desenvolver sua área de governança, pois a própria governança diz respeito a um processo de amadurecimento que não deve ser limitado a práticas certas ou erradas. “O importante é a empresa entender a relevância dessa área para que faça o processo de desenvolvimento, considerando, claro, suas possibilidades, tempo e recursos disponíveis. Se você não coloca uma pessoa responsável por essa área, as coisas não caminham e, consequentemente, os órgãos têm dificuldade em melhorar o seu desempenho. Você não precisa aguardar um ato grandioso para aplicação desta atividade. Mas é importante que este responsável esteja ali”, pondera Castilho.

O curso de Governance Officer, do IBGC, terá início em 14 de setembro de 2021.
Para conhecer o programa completo do curso e realizar sua inscrição, acesse este link. 



Confira as últimas notícias do Blog IBGC