Cassio Spina lista quatro considerações sobre governança e startups

Membro da Comissão de Startups e Scale-ups do IBGC detalha como a governança pode gerar valor em empresas inovadoras

  • 02/12/2019
  • Equipe IBGC
  • Cursos

Ainda não existe uma definição oficial sobre o que é uma startup, mas o membro da Comissão de Startups e Scale-ups do IBGC e fundador da Anjos do Brasil, Cassio Spina, arriscou classificar esse tipo de negócio como “uma pequena empresa que pode vir a ser muito grande”. Ele listou quatro considerações essenciais sobre governança e startups. Confira a seguir:

Sem idade para inovar

De acordo com Spina, embora os projetos mais famosos de empresas disruptivas estejam relacionados aos jovens, não há idade para criar uma startup. Para ele, deve haver vontade, brilho nos olhos, conhecimento do mercado em que o empresário irá atuar e, principalmente, que se consiga estabelecer uma vantagem competitiva através da inovação, para escalar e crescer de forma rápida. “Se o jovem perceber o valor da experiência e do relacionamento com investidores e empreendedores de outras gerações, todos só têm a ganhar”, garantiu.

Características de gestão

Esse novo tipo de organização utiliza as chamadas metodologias ágeis de planejamento, em que ao invés de priorizar o desenvolvendo de produtos com altos investimentos e por longos períodos, as empresas partem direto para um protótipo daquilo que vai tentar validar no mercado. Para ele, essa característica é a principal desse tipo de negócio. “Trata-se de um processo de descoberta, para entender se aquilo que a companhia quer desenvolver está em linha com as necessidades do seu cliente e com isso ter mais velocidade que seus concorrentes”, explicou.

Estrutura ágil x governança

As estruturas horizontais e flexíveis das startups parecem estar distantes dos mecanismos de controle que antecedem o estabelecimento de alguns processos de governança corporativa, mas Spina explicou que não. De acordo com ele, a governança pode e deve ser muito útil para o ecossistema de inovação. Todas as metodologias ágeis implicam o uso de dados e métricas, por exemplo, um dos primeiros controles que compõem o sistema de governança. É essencial que desde seu nascimento, a startup já tenha os princípios de governança desenhados, “as regras do jogo combinadas”. 

A governança faz diferença para o investidor?

Muita. É preciso estabelecer uma relação de confiança com investidor. Há a expectativa de que o negócio seja um sucesso, mas para que haja essa segurança por parte do investidor, ele precisa conhecer as regras do jogo estabelecidas pelo empreendedor. “É necessário reportar o lado bom e os desafios do negócio, para que o investidor saiba como ele pode ajudar e participar da startup”, recomendou. Além disso, quanto antes estabelecidas as regras de governança melhor e mais naturais serão as adaptações que virão com o crescimento do negócio em escala. “Governança não é para ser ônus, mas para ser bônus, para gerar resultado e valor”, defendeu.

Se interessou pelo tema? A publicação Governança corporativa para startups & scale-ups aborda as particularidades de governança nas quatro fases de crescimento de negócios das startups. Acesse o conteúdo completo no Portal do Conhecimento do IBGC.

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