Participantes relatam percepção de valor durante primeira experimentação coletiva
A fim de criar novos processos de desenvolvimento profissional para executivos e conselheiros de administração experientes, a comunidade de aprendizagem do IBGC utilizou o conceito de sandbox como plataforma de troca de experiências, em um formato totalmente online.
O sandbox é um ambiente em que as pessoas interagem de forma informal e lúdica, visando a criação de valor sobre temas que proporcionem e facilitem a discussão e os aprendizados do grupo. O primeiro encontro virtual da comunidade do IBGC aconteceu no fim de abril e reuniu 26 profissionais de mercado, que discutiram a utilização da metodologia de “lentes de descoberta” como ferramenta de análise sobre a prática de influenciar pessoas ou organizações para a inovação.
Foram testadas formas de interação em subgrupos de 3 a 5 integrantes, com ajuda de um facilitador, além de uma apresentação rápida entre os participantes (speed dating). A iniciativa e o tema em questão tocam a realidade empresarial à medida que os participantes enriquecem suas habilidades de influência, característica considerada vital para que processos inovadores tenham sucesso e assumam prioridade nos negócios.
Na pesquisa de avaliação do experimento, que contou com 19 respondentes, 90% disseram que suas expectativas sobre o sandbox foram superadas ou atendidas. As atividades desenvolvidas durante a sessão foram aprovadas por 85% dos presentes.
A divisão dos participantes em subgrupos, com a ajuda de facilitadores, atingiu 95% de aprovação. Todos os respondentes afirmaram que pretendem participar de um novo sandbox. Segundo um dos testemunhos colhidos pela pesquisa realizada após o encontro, “esse formato é inovador e gera desconforto para quem está acostumado com o approach tradicional. Mas essa é justamente a proposta: fazer diferente para sairmos da zona de conforto”.
A conselheira de administração e coordenadora do grupo de trabalho do Agronegócio do IBGC Bibiana Carneiro foi uma dessas participantes que acharam o experimento muito construtivo e realizaria novos encontros. “O fato de criar um conteúdo de forma coletiva, discutir pontos com a ajuda de facilitadores, deixando de lado a sala de aula tradicional, me chamou muito a atenção”, afirmou. Segundo ela, as leituras prévias que direcionaram o encontro também foram essenciais para um melhor aproveitamento da experiência.
Além disso, Bibiana observou que a realização de um networking online também é possível. “Durante a primeira fase de atividades em dupla, conheci uma pessoa muito interessante dos Estados Unidos e continuamos em contato”, afirmou.
Para o conselheiro e participante Thomas Brull, o sandbox foi uma forma de soltar a imaginação, aplicar e testar ideias com espaço para o erro. “Eu diria que as grandes vantagens do conceito estão em desenvolver a criatividade, realizar atividades de jeitos diferentes, com novas ferramentas, além de trabalhar em grupo de forma divertida e descontraída”, disse.
Gerente na área de Inovação e Tecnologia, Amanda Zani assinalou que a experiência desperta o participante para novas ideias e pontos de vista que não estavam no radar, o que é muito rico, de acordo com ela. “Conhecer outros posicionamentos, diferentes backgrounds, ajuda no processo de tomada de decisão dentro das empresas”, apontou.
No mesmo sentido, o executivo Juarez Zortea, que já conhecia o conceito de sandbox, gostou muito da experiência. “Vejo a colaboração como aspecto fundamental para a resolução de problemas e de busca pela inovação”, completou.
Na visão do criador da comunidade de aprendizagem do IBGC, Kip Garland, os resultados obtidos com as avaliações refletem bem o espírito que está sendo construído pelo grupo de desenvolvimento da comunidade de aprendizagem. “Divergir e convergir, a dinâmica de uma sociedade disruptiva tem que ser acompanhada em tempo real, trazendo conhecimentos, aprendendo e gerando a inovação ao mesmo tempo”, defendeu.