Confira os destaques do 1º Fórum Chapter Zero Brazil

Evento estimulou troca entre executivos e membros de conselhos, a fim de acelerar resultados no tópico de mudanças climáticas

  • 15/07/2021
  • Gabriele Alves
  • Eventos

O 1º Fórum Chapter Zero Brazil ocorreu no dia 6 de julho, online, e contou com a presença de representantes do cenário nacional e internacional e de executivos e membros de conselho de empresas listadas convidadas pelo instituto. Eleito pelo Fórum Econômico Mundial como representante do Chapter Zero no país, o IBGC promoveu o encontro com o objetivo de estimular a troca entre pares. “A observação do IBGC é que temos muita literatura, e a troca entre pares pode acelerar resultados mais efetivos”, ponderou Pedro Melo, diretor geral do IBGC, na abertura do evento.

O fórum se alinha aos objetivos do Chapter Zero em termos mundiais, sobretudo à questão de empoderar os conselheiros de administração atuantes no Brasil a se engajarem efetivamente em um debate estratégico sobre o desafio climático para seus negócios. Além de estabelecer como eles contribuirão para alcançar a meta global de emissões líquidas zero até 2050.

Karina Litvak, que preside o Comitê de Sustentabilidade e Cenários da Eni S.p.A. na Itália, assim como o Governing Board da iniciativa Climate Governance Initiative (CGI) que reúne os Chapters ao redor do mundo, falou sobre o contexto, propósito e abrangência mundial do Chapter Zero destacando que o conselho e a administração precisam trabalhar juntos. Para ela, a gestão não está chamando a atenção do conselho de maneira suficiente. “Nosso papel é fornecer um lugar onde diferentes experiências se reúnam. Sustentabilidade tem a ver com o negócio como um todo. O que os conselhos precisam fazer para que essa voz tenha mais impacto nos negócios? ”, questionou a especialista.

João Carlos Redondo, co-coordenador da iniciativa no Brasil, por sua vez, descreveu os objetivos e plano de implantação do Chapter Zero Brazil em contexto nacional. Entre os propósitos, Redondo mencionou o trabalho de conscientização dos boards, com apoio às equipes técnicas, bem como as ações para que as empresas se organizem e conheçam suas emissões.

“No mundo já temos treze países com Chapter Zero estruturados. E outros países devem ter outros Chapters no segundo semestre. Esse processo de troca com realidades locais, com economias distintas apresenta o benefício da troca de experiência, que é capaz de encurtar o caminho”, compartilhou Redondo.

Cocriação: maneira efetiva para bons resultados

A capacidade de cocriar foi outro ponto abordado no fórum. Cátia Tokoro, conselheira e coordenadora do comitê de sustentabilidade e Tomás Carmona, superintendente de sustentabilidade, ambos da Sulamérica,  enquanto líderes e facilitadores do fórum Chapter Zero Brazil falaram sobre propósito e objetivos e mencionaram o quanto os esforços de descarbonização, por exemplo, ainda não são suficientes na maioria das empresas. Nesse sentido, a habilidade de cocriar se torna fundamental.

Tokoro e Carmona contaram também que ainda estamos em um cenário de aumento de temperatura global de 2.9 graus, muito acima do limite de 1.5°C estabelecido no Acordo de Paris. Isso pode representar, em 30 anos, perda de 18% da economia global, segundo a consultoria Waycarbon. Os riscos físicos também passarão a ocorrer com mais frequência e intensidade, como eventos extremos ou crônicos de difícil recuo ou reversão.

Por isso, espera-se conseguir um maior compartilhamento de experiências na jornada climática a partir de sucessos e insucessos entre as empresas participantes do fórum. Ao final do encontro, os membros puderam fazer suas apresentações e compartilhar expectativas, além de definirem os próximos encontros que serão realizados nos meses de agosto e setembro.

Para saber mais sobre como o IBGC representa o Chapter Zero, acesse aqui.


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