Por que a família empresária decide pela trilha da governança?

Transparência nos processos, participação de conselheiros independentes e desenvolvimento de talentos marcam a jornada

  • 31/05/2022
  • Zélia B Janssen, Júlio Sergio De Lima, Patrice Gaidzinski e Carl Heinz Müller
  • Artigo

Para algumas empresas familiares, a implantação da governança corporativa é fundamental no momento em que a família decide fazer uma transição no poder da gestão da companhia. Este foi o caso do Grupo Lunelli no fórum organizado pelo IBGC em Santa Catarina: “Sensibilizar para a Governança: Por que a família empresária decide pela trilha da Governança?” Os irmãos Dênis e Viviane Lunelli compartilharam a experiência da família nesse processo. Segundo eles, a formação de um conselho foi fundamental para racionalizar algumas decisões emocionais entre os sócios. Neste sentido, as decisões estratégicas foram bem analisadas e estão contribuindo para a longevidade da empresa.

Um outro ponto importante foi o equilíbrio entre conselheiros membros da família e conselheiros independentes. Os conselheiros independentes foram e são importantes para trazer uma visão externa e contribuem para sistematizar o processo decisório.

Dênis e Viviane Lunelli levantaram outra questão que diz respeito à alternância no poder, planejando os processos sucessórios. Eles sugerem que é preciso definir e executar um plano, preparando sucessores e sucedidos e, alertam que podem ocorrer situações inesperadas que devem ser consideradas neste planejamento sucessório.

Logo, para os irmãos Lunelli, o quanto antes este trabalho for iniciado, melhor. Eles ressaltaram ainda a importância de todos, efetivamente, torcerem a favor do sucessor e do processo de sucessão e observaram que, na alternância do poder, deve-se dar atenção a fatores como a dificuldade de abrir mão do poder, tomando cuidado com egos e vaidades pessoais.

Ao abordarem as estratégias relacionadas ao tema, Dênis e Viviane lembraram que a transparência sobre as atividades da empresa e seus resultados com todos os sócios e familiares ajuda na manutenção da confiança e na construção de decisões estratégicas da sociedade. A empresa familiar também deve valorizar seu capital humano e oferecer oportunidades de desenvolvimento para seus colaboradores. Isto poderá contribuir para o desenvolvimento profissional da organização e manter os talentos na empresa.

Na valorização das pessoas e no modelo de gestão o destaque foi para as comissões internas como forma de envolver pessoas nas decisões, visando consolidar o comprometimento e a minimização dos riscos, bem como ampliar o processo de inovação e participação de todos.

Assim, como organizadores, ao fazer uma breve revisão do nosso primeiro encontro de Fórum de Empresas Familiares do IBGC Capítulo Santa Catarina em 2022, para o qual buscamos trabalhar a sensibilização para a Governança, acreditamos que conseguimos cumprir o objetivo. A diversidade de insights apontados por Dênis e Viviane Lunelli nos deixa ansiosos com a sequência do Fórum, onde aprofundaremos o debate sobre a estruturação da Governança no encontro de julho de 2022, até chegarmos, em setembro de 2022, ao terceiro Fórum, onde abordaremos a manutenção da Governança.

Até lá!

Autores: Zélia B Janssen, Júlio Sergio De Lima, Patrice Gaidzinski e Carl Heinz Müller, membros do Capítulo Santa Catarina, do IBGC. 

Este artigo é de responsabilidade dos autores e não reflete, necessariamente, a opinião do IBGC.

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