Como parte natural dos primeiros passos para a implementação de um conselho de administração nas companhias, os conselhos consultivos podem ter um prazo de validade. Especialistas, conselheiros e empresários contaram suas experiências na criação e transição destes colegiados durante o último Fórum de Debates do IBGC na sexta-feira (8 de novembro), em São Paulo.

Cofundador do IBGC, conselheiro de administração certificado pelo instituto e membro da Comissão do Conselho de Administração do IBGC, Roberto Faldini, falou sobre as premissas para a estrutura de um conselho consultivo. “Acredito na importância da conscientização sobre a necessidade de um conselho dentro da empresa”, defendeu. Segundo Faldini, infelizmente, as companhias não percebem que precisam de um profissional para auxiliar seu trajeto futuro e normalmente buscam esse personagem quando já é tarde demais. 

Já a conselheira certificada pelo IBGC e conselheira consultiva, Gabriela Baumgart, se dedicou a exemplificar os esforços comuns de famílias empresárias na busca por um conselho adequado. “O profissional que atua no auxílio da formação de um conselho em negócios familiares deve ter uma resiliência enorme e habilidades políticas, principalmente”, afirmou. 

Para ela, a cadeira do conselho, seja ele consultivo ou de administração, é muito importante. Gabriela alertou ainda que “não é a experiência como presidente ou executivo que garante um bom desempenho como conselheiro”.

O conselheiro certificado, doutor em Direito e também participante da Comissão do Conselho de Administração do IBGC, Tiago Fantini Magalhães, por sua vez, pontuou a relevância da preocupação com a sensibilidade do conselheiro durante o primeiro estágio de criação de um conselho. “Compreender o negócio é interessante, mas compreeender as pessoas envolvidas neste processo é fundamental. Não conhecer a história e os pormenores da companhia é um erro”, garantiu.

O encontro contou ainda com a presença do presidente do conselho de administração do IBGC, Henrique Luz, e a mediação da conselheira, especialista em Governança e participante da Comissão do Conselho de Administração do IBGC, Geovana Donella. Também contaram casos pessoais a presidente do conselho da família Romagnole e conselheira da Romagnole S/A, Silvana Romagnole, e o diretor superintendente da APSA, Leonardo Schneider.