Com crise, organizações focam no curto prazo e na estruturação da governança

Evento do IBGC expõe diferentes enfoques de boas práticas em negócios familiares durante a pandemia

  • 03/07/2020
  • Equipe IBGC
  • Eventos

Para acompanhar as estratégias corporativas de enfrentamento à crise sob a ótica de sócios, conselheiros de famílias empresárias e profissionais de secretaria de governança em empresas familiares, o Fórum de Debates do IBGC de sexta-feira (3 de julho) analisou os diferentes enfoques de boas práticas promovidos por essas organizações.    

Com a mediação da coordenadora geral do Capítulo Rio Grande do Sul do IBGC e diretora regional da Better Governance, Michelle Squeff, e do conselheiro de administração do IBGC e fundador da W Advisors, Leonardo Wengrover, o encontro on-line exclusivo para associados do instituto contou com 84 participantes. 

Gerente de Governança Corporativa do Grupo Silvio Santos, Fernando Krauss contribuiu com um olhar profissional sobre a implementação de boas práticas corporativas em momentos críticos. “Assim como muitas organizações, lidamos com a crise a partir de uma atuação estratégia da secretaria de governança, uma série de reuniões de planejamento de curto prazo e uma estruturação de governança para momentos de turbulência, traçada com a ajuda de uma consultoria externa”, disse. 

A presidente do conselho de família do Grupo Moura (Baterias Moura), sócia e conselheira de empresas familiares, Renata Moura, detalhou sua experiência na companhia da família e seus esforços para gerar vínculos entre a marca e as novas gerações. Na crise, ela explicou que as tomadas de decisão dos conselhos de família e de administração têm sido velozes, com reuniões mais práticas e objetivas, como o momento tem exigido do mercado.

Do grupo Sinosserra, o sócio e diretor Hugo Pinto Ribeiro falou da história da empresa criada por seu sogro, com a ajuda de um sócio, em 1947, em Canela (RS). “Nosso sistema de gestão sempre foi colegiado, sem um presidente formal, eram os diretores os responsáveis pelas entregas de suas áreas”, contou. Ribeiro contou como essa estrutura foi reorganizada nos últimos cinco anos a partir de sistemas de governança corporativa bem definidos, com a criação de conselhos de família, de sócios e de administração, além de uma diretoria executiva. “Nosso grande desafio agora é trabalhar a transição da gestão com as novas gerações de membros familiares para garantir a perpetuidade do negócio, sempre de olho nos momentos de crise”, completou.

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