Na última terça-feira, 15 de maio, foi promovida a terceira edição do Governança 360, com a participação presencial e on-line de aproximadamente 450 pessoas. Os participantes do evento puderam ingressar em uma verdadeira maratona de conhecimento, e em meio aos painéis e apresentações, tiveram a oportunidade de conhecer o que estão discutindo as 17 Comissões Temáticas do IBGC, e interagir com seus voluntários.
Em sua fala na abertura do Governança 360, Valeria Café, diretora-geral do IBGC, relembrou o sucesso das edições anteriores, ressaltando o trabalho colaborativo dos associados que compõem as Comissões Temáticas. A diretora fez também convites para a participação nos próximos eventos do instituto, o Conexão Governança, no Rio de Janeiro (no próximo dia 5 de junho), e em Pernambuco (no dia 11 de junho). Destacou, ainda, a realização do 25° Congresso IBGC, nos dias 8 e 9 de outubro, em São Paulo (SP).
Na oportunidade, Márcia Aguiar, diretora de marketing e relacionamento, pediu aos presentes que aproveitassem o evento: “Perguntem, questionem, façam networking e se conectem a pessoas que, assim como vocês, buscam a transformação rumo a uma sociedade melhor”.
Constaram da programação painéis conduzidos por palestrantes e moderadores de expressão no mercado, nas temáticas: Responsabilização, Inovação, Estratégia, Startups, Sustentabilidade e Clima, Sucessão nas Empresas Familiares, Segurança Psicológica, Inteligência Artificial e Corporate Venture Capital.
Houve também um encontro com integrantes da comissão do Conselho do Futuro que apresentaram as mais relevantes tendências dos próximos anos em inovação e tecnologia divulgadas pelo SXSW 2024, um dos maiores eventos de tecnologia, música, inovações e cultura do mundo, realizado em Austin, no Texas (EUA), no mês de março.
No final do dia, ao agradecer a presença dos participantes do Governança 360, Luiz Martha, diretor de conhecimento e impacto do instituto, exaltou o engajamento e propósito de todos: “Parabenizo novamente as Comissões Temáticas do IBGC pela realização de mais um evento brilhante, potente e com discussões tão importantes para a causa da governança corporativa. Nosso desejo contínuo por conhecimento é o que nos move sempre”.
O diretor enfatizou, ainda, a integração dos participantes na modalidade on-line, que seguiram a programação durante todo o dia, interagindo por meio do chat e enviando perguntas.
O que disseram os palestrantes?
" Além de atuar em conformidade com a lei, o que é básico, a gente vê que o conceito de responsabilização vai em uma crescente quando se compara as edições do Código das Melhores Práticas de Governança. O stakeholder tem que assumir as consequências por seus atos, com o dever de prestar contas, ciente que as suas decisões o responsabilizam e também à organização, e impactam os demais agentes da governança” - Thiago Dória Moreira, membro da Comissão de Conselho - Painel “Um mergulho no princípio de responsabilização: evolução conceitual e seus desafios”.
“Hoje, vemos que as empresas que mais inovam aproveitam métodos das empresas de tecnologia e os utilizam para outros tipos de inovação. No nosso caso, o impacto da tecnologia e inovação começa ao se observar que saímos de 200 colaboradores na área, em 2019, para fechar este ano com 4000. Mas para fazer isso, além do investimento, destaco que buscamos um CEO com know-how em tecnologia e business para orientar, dialogar, opinar e influenciar o conselho para que entendesse o novo conceito e pudesse apoiá-lo. - Daniel Knopfholz, vice-presidente de pessoas e tecnologia do Grupo Boticário. Painel ¨O papel do conselho no processo da inovação”.
“A falta de transparência pode limitar a construção de um ambiente de confiança entre profissionais de saúde na construção de sua relação com a Inteligência Artificial. Existe uma série de outras questões como a privacidade, segurança e responsabilização, especialmente no ambiente de saúde” - Isabela Hollanda, conselheira consultiva e fiscal, governance officer da WCD e membro das comissões de ètica na Governança e de Sustentabilidade do IBGC. Painel: "O impacto da IA no setor de saúde:ética e segurança”.
“A minha passagem pelo conselho de família foi uma experiência emblemática em que compreendi o meu contexto familiar, dimensionei o legado, as responsabilidades e compreendi códigos institucionais e familiares que desconhecia. Pude entender a dinâmica da sociedade, sua fortaleza e fragilidades. Quando penso em governança familiar, a minha crença é que, ao se investir em um ambiente familiar inclusivo, na perspectiva da formação, podem surgir lideranças antes não percebidas. Isso porque todos devem ser bem-vindos a se formar, se informar e se desenvolver.” Paula Setubal, conselheira de administração na Dexco e membro da Comissão de Empresas de Controle Familiar do IBGC. Painel: “Sucessão na Empresa Familiar”.
“Trago aqui a experiência de uma empresa que vê o que está acontecendo com a mudança regulatória e que tem o propósito de cuidar do planeta, entregando energia em que a gente acredita - esse é nosso propósito. A empresa comercializa, transmite e gera energia elétrica, e em seu planejamento estratégico existe a diretriz de ser referência em ESG e dentro das práticas nacionais e internacionais, buscamos fazer a diferença nos aspectos sociais, ambientais e de governança. Números para entender essa perspectiva: 97% da nossa matriz elétrica, que tem 44 mil megawatts, é composta por energia com baixa emissão de carbono - 95% desta matriz é composta por hidrelétricas, 3% por térmicas a gás e 2% entre eólica e solar. Daí a gente já vê a grande dependência que a empresa tem em termos de recursos hídricos”. Sandro Damásio, gerente executivo de sustentabilidade da Eletrobras e membro da comissão de sustentabilidade do IBGC. Painel: “Divulgações de sustentabilidade e clima (IFRS1 e IFRS2)”.
“Na evolução da sociedade, na evolução da consciência, o tema emocional chegou à 6ª edição do
Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa, o que mostra nosso papel enquanto conselheiros e conselheiras. Cabe a nós promover uma cultura em que todos possam ser quem são e todos tenham liberdade de falar, questionar, de trazer o seu melhor para a nossa organização. Com essa perspectiva, a página 32 do Código apresenta o papel do conselho para a formação da cultura ética, promovendo ambiente de segurança psicológica na organização. Já na página 34, temos o papel do conselheiro na promoção de um ambiente em que o próprio conselho seja um ambiente de segurança psicológica”.
Andréa Destri, conselheira independente, CEO da friendsBee e membro da Comissão de Pessoas do IBGC. Painel: “Impulsionando organizações através da segurança psicológica”.
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