Governança e inovação: o papel do conselho de administração

Artigo aponta que conselho deve ser o guardião da estratégia, garantindo que a inovação esteja no cerne das decisões e práticas

  • 31/01/2025
  • Léia Wessling, Silvia Marafon e Zélia Janssen
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Em um cenário de rápidas transformações tecnológicas e mudanças no comportamento dos consumidores, a capacidade de inovar tornou-se crucial para a sobrevivência, sucesso e longevidade das organizações. Diante deste contexto, o conselho de administração deve ser o guardião da estratégia empresarial, garantindo que a inovação esteja no cerne das decisões e práticas corporativas.

Uma governança eficaz, deve criar e sustentar uma cultura que valorize a criatividade, a experimentação e o aprendizado contínuo. Esta cultura é fundamental para fomentar a colaboração entre conselheiros, executivos e outros stakeholders, permitindo que a inovação prospere de maneira orgânica e sustentável. O conselho não deve se limitar a supervisionar, mas incluir e incentivar práticas que permitam o desenvolvimento de ideias disruptivas e a execução de projetos inovadores.

Valorizar a inovação e a criatividade é uma boa prática de governança, e como consequência, promove ambientes propícios para o surgimento de novos negócios.

Sabe-se que a estratégia do negócio é fortemente influenciada pelo conselho de administração, e a inovação precisa estar na pauta estratégica. O conselho de administração, em seu colegiado, deve debater o tema e provocar o corpo executivo, delineando projetos inovadores de curto, médio e longo prazo, para manter a organização competitiva frente aos novos negócios que surgem e que transformam o mercado em uma velocidade sem precedentes.

No exercício de suas responsabilidades, cabe também ao board analisar, gerenciar os riscos do negócio e deliberar a respeito da alocação de recursos em iniciativas inovadoras. É essencial que os conselhos incentivem a prestação de contas e a transparência, para garantir que os investimentos em inovação sejam eficazmente monitorados e avaliados.

Dentro deste contexto, a experimentação e a aceitação dos erros são partes essenciais do processo de inovação, exigindo dos conselheiros uma mentalidade flexível voltada para o aprendizado organizacional.

O conselho de administração deve também exercitar a prática lifelong learning para se manter atualizado com as tecnologias emergentes, promovendo assim a diversidade de pensamentos e a ampliação da capacidade de dialogar com o corpo diretivo.

Em resumo, quando bem articuladas, governança e inovação geram valor e longevidade aos negócios. Dessa forma, o conselho de administração não só deve liderar, mas também inspirar a transformação contínua, assegurando que as empresas permaneçam competitivas e preparadas para os desafios do mercado, ainda desconhecidos.

Para inovar, ter coragem e ousadia não basta: a orientação segura e o incentivo são fundamentais para o sucesso desta jornada.

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