Greenwashing nas finanças é preocupação na Europa

Regulamentação dos investimentos ESG tem sido vista como solução para evitar a ”preocupação ambiental de fachada”

  • 26/03/2021
  • Equipe IBGC
  • Pelo Mundo

À medida que o ESG (a agenda ambiental, social e de governança na sigla em inglês) se torna parte do mainstream de investimentos, é hora de fazer uma reflexão crítica:  sem alguma maneira de policiar a forma como o conceito é usado, corre-se o risco de vê-lo ser reduzido a uma ferramenta de marketing. Em outras palavras, teme-se aquilo que vem sendo traduzido pela expressão greenwashing – ou “lavagem verde”, referindo a uma abordagem do tema apenas como fachada.

Recente artigo publicado no jornal inglês The Financial Times fala do esforço mais rigoroso a fim de estruturar o mercado que iniciou no último dia 10 de março, quando a União Europeia introduziu novas regras que visam prevenir o greenwashing.

De acordo com as regras europeias, que fazem parte de uma série mais ampla de regulamentações de finanças verdes, os produtos de investimento serão efetivamente classificados como sustentáveis e não sustentáveis baseados nos tipos de empresas nas quais estão sendo feitos seus aportes. 

Mais rigor no controle 

Isso significa que qualquer gestor de ativos que queira comercializar seu fundo como um produto sustentável estará sujeito a rígidos requisitos de divulgação. O artigo menciona que as novas regras vão tornar muito difícil fazer o greenwashing, porque exigirá muito mais trabalho aos administradores de fundos que quiserem maquiar os resultados em relatórios.  

As novas regras podem ter consequências de longo alcance para os gestores de ativos - não apenas na Europa, mas em todo o mundo, pois as empresas de investimento serão obrigadas a demonstrar que levam a sustentabilidade a sério. 

Os novos indicadores também influenciarão as decisões das empresas listadas, que se encontrarão sob pressão para se concentrar mais em questões ESG ou correr o risco de perder o capital do investidor.

Veja o artigo original do Financial Times clicando aqui.  

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