Na crise, brasileiros acreditam que o pior ainda está por vir

Webinar traz pesquisa sobre os impactos da Covid-19 nos hábitos de consumo; compras online avançam no país

  • 19/05/2020
  • Equipe IBGC
  • Eventos

As preocupações dos brasileiros com suas finanças são as mesmas de antes da crise do novo coronavírus, de acordo com pesquisa do Center for Customer Insight do Boston Consulting Group (BCG) apresentada no IBGC Conecta de terça-feira (19 de maio). Para discutir as mudanças de consumo em meio à crise sanitária e econômica global, o webinar mediado por Claudia Elisa, conselheira de administração do IBGC e da Even, além de membro do comitê de Inovação da Tupy e do conselho consultivo da Gouvêa de Souza, recebeu a diretora do BCG Flavia Gemignani e o diretor executivo e sócio do BCG Daniel Azevedo.

O levantamento dedicado a compreender o impacto da crise no consumo dos brasileiros fez quatro perguntas principais: como o consumidor está se sentindo nesse momento, qual sua expectativa futura de consumo, como o contexto muda sua forma de consumir e o que esperar do tão falado “novo normal”. 

A pesquisa mostrou que os consumidores brasileiros acreditam que o pior em relação à crise ainda está por vir; o país figurou entre as nações mais preocupadas com a economia nesse período. Segundo Azevedo, palavras como morte, medo e isolamento foram as expressões mais usadas pelos entrevistados, independentemente de renda, região e idade. 

Para ele, alguns hábitos de redução do consumo já estavam no imaginário do consumidor brasileiro antes da chegada da pandemia, a Covid-19 teria apenas reforçado mudanças e percepções que estavam no radar. “Temos uma situação nova e se basear no passado não será a melhor lente para o futuro”, defendeu. Azevedo apontou uma participação maior dos canais digitais na economia do pós-crise e rendas familiares menores, com foco no básico. “Trata-se de uma oportunidade para as empresas que não são líderes de mercado, esse é um momento para recrutar novos consumidores”, disse.

Flavia, por sua vez, falou sobre as tendências dos canais de consumo e varejo na crise. Segundo ela, as lojas físicas tiveram decréscimos nesses primeiros meses de pandemia, enquanto as lojas virtuais (e-commerce) apresentaram maiores chances de crescimento acompanhadas por uma dinâmica ainda positiva dos varejos de vizinhança. “Os players que tiveram mais sucesso foram aqueles que já estavam mais preparados para o e-commerce e o comércio via chats online. O consumidor se sente mais próximo de uma loja física por meio de uma plataforma que já está acostumado”, afirmou. 

A pesquisa questionou ainda as perspectivas dos consumidores em relação a reabertura dos negócios nos próximos seis meses e verificou que o consumidor quer voltar às lojas físicas, mas não deve abrir mão de sua experiência com o e-commerce no futuro.


Veja o webinar na íntegra:

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