A vasta experiência corporativa global conquistada no enfrentamento de inúmeras crises financeiras parece ainda ter muito o que considerar diante do atual momento crítico e sem precedentes causado pelo coronavírus, segundo lições compartilhadas na nova edição do IBGC Conecta que debateu gestão de crises e reflexões para conselheiros na última sexta-feira (27 de março).

Com moderação da conselheira de administração Doris Wilhelm, o webinar recebeu o diretor executivo da Galeazzi & Associados, Luís Felício, para uma discussão sobre o papel e poder de ação dos conselhos em cenários como o que estamos vivendo.

Felício falou sobre a importância da saúde financeira das empresas, seu ciclo de vida e as estratégias para evitar o fechamento do negócio, passando pela necessidade de preservar o caixa da companhia a todo custo. “Medidas extremas devem ser tomadas, medidas que apresentem resultados no curto prazo”, defendeu.

Na avaliação do diretor executivo, os conselheiros e os CEOs devem agilizar as tomadas de ações que tenham ajustes significativos sobre os negócios, além de priorizar um plano sobre o que a companhia deve ser no futuro. “Trata-se de fazer dessa fase uma oportunidade de criar uma empresa mais enxuta, em uma crise temos que ser pragmáticos”, explicou. Ele indicou ainda reuniões diárias entre gestores, presidentes, funcionários e conselheiros. “Comunicar é imperativo nesse momento de reinvenção da empresa”, afirmou.

Diante das fases críticas de estagnação das companhias em crise, Felício indicou que o papel do conselheiro é exigir um plano de retomada, que deve ser feito pelo CEO especificamente, “esse trabalho não pode ser repassado para gerentes ou outros colaboradores”, disse. “Os conselheiros devem acompanhar e exigir ações rápidas”, recomendou. Para o diretor executivo da Galeazzi, caso esses times de gestão não entreguem resultados, eles devem ser trocados e rapidamente.

Assista o webinar completo a seguir: