Em seu agradecimento a todos que participaram ativamente da construção da agenda, a presidente do conselho de administração do IBGC, Gabriela Baumgart reforçou o caráter inédito da iniciativa. “Pela primeira vez, o instituto apresenta uma agenda de políticas públicas aos candidatos às eleições para a Presidência da República e ao Congresso Nacional, visando uma plataforma de diálogo e cooperação de longo prazo". Para ela, a agenda comprova o amadurecimento do instituto em refletir seu papel na sociedade e a assimilação da governança corporativa pelos mais variados atores.
Claudio Timm, coordenador técnico do projeto, membro do comitê coordenador do Capítulo Brasília/Centro-Oeste do IBGC e sócio de TozziniFreire Advogados, destacou na ocasião que “o envio da agenda temática de governança, com propostas e sugestões aos governantes, é um instrumento para pautar a ação e levar critérios e objetivos para que a sociedade civil acompanhe a atuação do setor público”. Claudio afirmou, ainda, a importância de se apresentar propostas com temáticas considerando que estamos em um Estado Democrático de Direito, com o exercício do voto e outras formas de diálogo contínuo da sociedade civil com seus governantes.
“Hoje, como agentes da sociedade civil, precisamos estar muito atentos. Repensar nosso papel, responsabilidades e deveres com o momento que estamos vivendo, e refletir como queremos caminhar como sociedade” ressaltou Marilza Benevides, coordenadora da Comissão de Ética na Governança do IBGC, ao falar da importância do papel da sociedade nesse processo enfatizando a necessidade de que os pontos abordados na agenda evoluam e sejam permanentes e enraizados.
Para André Camargo, sócio de TozziniFreire Advogados e presidente do Ibrademp a estratégia de entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) está diretamente ligada à temática das estatais, abordada na publicação, bem como o fortalecimento da CVM, criada segundo o padrão de economias modernas internacionais e que trabalha com marco regulatório espelhado em marcos internacionais.
A questão da emergência climática foi o tema levantado por Valeria Café, moderadora do evento e diretora de Vocalização e Influência do IBGC, ao ressaltar as medidas propostas que tratar as mudanças climáticas como emergência, bem como a regulação do mercado de carbono, a meta de zerar o desmatamento ilegal, a proteção de biomas e a diversidade, entre outras questões.
A constatação de Mônica Pires, conselheira e coordenadora da Comissão de Inovação do IBGC, é que o Brasil está ficando para trás na promoção da ciência, tecnologia e inovação: "O objetivo da governança é manter a longevidade das empresas, o que não se consegue sem o apoio do Estado”. Ela afirma que o País precisa de políticas de governo que garantam a formação de profissionais e investimento em inovação.
A valorização da cultura da diversidade, tema presente na agenda, foi detalhado por Jandaraci Araújo, CFO da 99Jobs e cofundadora da iniciativa Conselheira 101. A conselheira frisou que projetos de lei que estão sendo pautados em diversidade e inclusão precisam acontecer no ambiente público: “Apesar da base do funcionalismo público ser feita por concurso, com isonomia, na alçada de cargos diretivos precisa haver um olhar para a diversidade; constituir iniciativas de inclusão de gênero e raça, negros, indígenas. Trazer transparência, olhando para a qualificação técnica do profissional”.
Para o diretor-geral do IBGC, Pedro Melo, um ambiente mais saudável para toda a sociedade passa pela boa governança corporativa, que é também o caminho para se atingir metas sociais e ambientais como ponderado ao longo do evento.
O debate foi realizado na sede do instituto, com transmissão ao vivo para os inscritos on-line. Se você não pôde participar, assista a transmissão completa
clicando aqui.