A COP 29 acontecerá entre os dias 11 e 22 de novembro, em Baku, no Azerbaijão, quando os governos e setores privados de países do mundo inteiro discutirão políticas e ações para frear o rápido aumento da temperatura global e as consequentes mudanças climáticas que ocorrem em todo o planeta.
Atento a esse movimento o IBGC, em parceria com o
Chapter Zero Brazil, realizou no dia 16 de outubro um
workshop, em formato
on-line, com a intenção de preparar executivos e conselheiros para a conferência – encontro que se dedicou a debater os tópicos mais atuais a serem nela tratados.
O evento foi liderado por Guarany Osório, coordenador do curso do IBGC Governança Climática para Líderes, e do Programa Política e Economia Ambiental, na FGV EAESP; e José Pugas, membro de grupos e fóruns internacionais dedicados a discutir finanças regenerativas, e sócio e head de investimentos responsáveis e engajamento da JGP Asset Managemen.
Guarany Osório fez um balanço global das negociações internacionais: “A coisa não caminha para o melhor lado, mas há esperança”. Ele disse que mais de 190 países estão envolvidos na COP em busca de soluções globais para o tema. Explicou que existem outros fóruns importantes, mas sem a alçada necessária para discutir metas e instrumentos: “Precisamos de cooperação internacional, mas nos voltarmos para as ações nacionais. O Brasil precisa melhorar seu discurso sobre clima e tem muito a ganhar com essa agenda”.
O especialista apontou que o mundo está diante de um bem comum global, que é a atmosfera, e frisou que é por meio da cooperação internacional que os países precisam gerir o gás de efeito estufa que produzem: “A atmosfera não tem fronteiras”.
Entre outros pontos, no workshop foram também discutidos os desafios dos conselhos de administração ao lidar com os riscos e oportunidades relacionados à mudança no clima de maneira holística, que podem ser resumidas em complexidade do tema, horizonte de tempo de curto prazo, foco e prioridades concorrentes.
José Pugas, por sua vez, apresentou aos participantes o olhar dos stakeholders que participam da COP, apontou para o que acontecerá durante o evento e para a importância das parcerias durante a sua realização.
Pugas relacionou alguns ambientes de negócios que se destacam nas preparatórias para a COP e começam a ter força no debate sobre mudanças climáticas:
- Semanas do Clima cada vez mais fortalecidas, como a de Nova Iorque que, segundo Pugas, é “muito disputada, com robustes gigantesca”, e a de Londres, direcionada ao mercado financeiro. Além do Fórum de Florestas tropicais, em, Oslo, “um grande espaço para debater a mobilização de capital”.
- Crescimento de fintechs que pensam o setor clima para discutir planos de transição e investimentos em inovação.
- Finance days, eventos que começam a dedicar dias específicos ao debate financeiro sobre clima.