A 11ª Jornada Técnica do IBGC prevista para ser realizada no Canadá, em 2020, foi adiada em meio ao avanço da Covid-19 no mundo. Após dois anos, o instituto se prepara junto aos jornadeiros inscritos para iniciar a imersão no que há de mais relevante no ecossistema de governança e inovação canadense reconhecido por seus altos níveis de profissionalismo e diversidade.

"Estamos trabalhando para montar uma agenda potente. Apesar do adiamento, foram articulados fóruns on-line junto aos interessados durante os últimos dois anos, com participação de vários representantes do Canadá, tanto de empresas, como Institutos e com o próprio Consulado Canadense. A ideia era abrir o diálogo com os jornadeiros para irem se familiarizando com os temas mesmo à distância”, conta Ricardo Lamenza, coordenador do grupo de estudos da JT e participante da ultima jornada realizada para Israel.

Para a atual jornada, está prevista a formação de duas turmas, exclusivamente compostas por associados do IBGC, que terão a oportunidade de vivenciar como é o funcionamento das corporações, empresas e academia, incluindo empresas familiares, universidades, órgãos reguladores, bolsa de valores, centros de inovação, institutos de governança locais, entre outros agentes do ecossistema de negócios canadense. A primeira turma participará no período de 31 de maio a 8 de junho de 2022. Já a segunda de 8 a 16 de junho de 2022.

Para conhecer as etapas de trabalho ao longo do tempo e entender os motivos, benefícios e diferenciais que direcionam esta jornada ao Canadá, o Blog IBGC conversou com Ricardo Lamenza. Veja a seguir o bate-papo na íntegra.

Ricardo Lamenza: O Canadá apresenta alguns aspectos importantes que foram considerados na primeira análise, em 2019, e que ainda se mantêm. O primeiro é o fator da regionalidade, pois se trata de um país com características por localidade bem delimitadas, algo que torna bem possível uma comparação com o Brasil. Em segundo lugar, é um país com taxas de imigração muito altas e com potencial de miscigenação também. Outro aspecto o é o da pluralidade e, por último, o da diversidade e inclusão. Isso tudo nos chamou muita atenção. Além, lógico, de como tudo isso conversa com a Governança e Inovação na formação de executivos e conselheiros.

O ponto de partida foi fazermos um grande brainstorming via MindMap, sou fã da ferramenta. Então, fomos estudar o país e nesta etapa quatro pontos principais ficaram em evidência: a inovação, o setor financeiro, a academia e o setor privado onde parte deles são apoiados pelo Governo. Percebemos, assim, que era possível extrair daí um storytelling para explorarmos na jornada técnica. Além disso, vários desses tópicos também coincidiram com os pilares da Agenda Positiva do IBGC quando foi lançada, então, ficou ainda mais fácil incluí-los. Com essas informações em mãos, além de falarmos com vários stakeholders, criamos o Grupo de Estudos com subgrupos de trabalho para escrever um caderno sobre o Canadá que servirá de apoio aos jornadeiros. Neste aspecto, devo ressaltar que contamos com a valiosa ajuda de vários ex-jornadeiros e outros associados que, com seu networking, nos ajudaram a encontrar as pessoas-chave para conversarmos. Depois disso, ficou fácil focarmos em quais seriam as empresas, institutos, universidades, centros de inovação, etc.  escolhidos, bem como as cidades e outros possíveis locais de visitas.

Para este caderno, estamos trabalhando em temas como: Economia; Governança; Organizações; Infraestrutura; Cultura, Governo e Tecnologia. Neste último tópico, inclusive, queremos mostrar as várias influências que o Canada foi exposto, a percepção e atitudes relacionadas a compliance e ESG e até mesmo entender como a academia e governo atuam nesse ecossistema. Temos feito essa construção para darmos o máximo de informações possíveis aos jornadeiros, com o maior nível de transparência sobre o que será visto na jornada. Esse material começou a ser preparado em janeiro de 2020, mas agora passa por uma nova atualização. Haverá uma atualização, principalmente em função das mudanças econômicas. Incluiremos tópicos de saúde, educação e o assunto pandemia, mostrando como o Canadá trabalhou e trabalha o assunto.

Olhando para toda a construção deste conteúdo atrelado às visitas técnicas, quais são os benefícios para a carreira de quem escolhe a jornada?

Acredito que há dois principais benefícios. O primeiro é o de ingressar em uma jornada técnica, pois seja qual for a jornada, compartilhar o aprendizado entre instituições e refletir sobre esse compartilhamento de ideias já é benéfico. Outro ponto importante é o tema do ‘viver os ecossistemas’, tanto o da governança, quanto da inovação dentro do próprio país. O fato de estar lá sentindo a dinâmica das empresas e ouvindo as pessoas falarem como funciona a governança, lá dentro, é muito diferente e produtivo. Em termos de carreira, trata-se de viver a jornada de maneira completa, pois além de estudar as práticas de governança, os jornadeiros vivenciam isso com as experiências das instituições e das próprias pessoas com quem vão conversar, além lógico da sua própria vivência. É um caminho de mão dupla, aprendemos muito, mas também levamos as nossas melhores práticas para discutir. Enfim, trata-se de uma excelente oportunidade para iniciar ou complementar a jornada de governança.

Um dos diferenciais é o storytelling com os quatro pilares já mencionados: inovação, sistema financeiro, academia e setor privado. A ideia é visitar instituições que representam todos esses âmbitos, pois há uma concentração de informação muito grande e eu acredito que o networking será muito interessante. É possível fortalecer laços, até mesmo fazer novas amizades. Outro diferencial é aprender com as boas práticas do Canadá para contribuir com o preparo de conselheiros e futuros conselheiros ao longo dos desafios da carreira. A jornada é ainda uma oportunidade para entender as novidades do momento, já que se configuram como cada vez mais dinâmicas.

A pandemia também trouxe uma série de implicações e é necessário lembrar que as regras e protocolos sanitários vieram para ficar. Na jornada, seguiremos todos os protocolos necessários para minimizar eventuais riscos para nós jornadeiros, mas também, em respeito a quem visitaremos. O Canadá é um país muito sério e os índices de vacinação já superam 80%. Outro diferencial da jornada para avaliar é que as empresas canadenses estão ávidas para compartilhar informações e teremos o privilégio de ser um dos primeiros grupos a chegar e ter essa vivência por lá. E todos nós estamos ávidos em compartilhar experiências. Podemos ser um dos primeiros a falar, inclusive, das consequências da pandemia para as empresas. Será um grande aprendizado, além de entender quais foram as grandes consequências para o Canadá dentro do storytelling que vamos seguir na jornada. Também estamos nos preparando há dois anos, aptos a fazer perguntas com uma preparação e conhecimentos mais profundos. É uma oportunidade única de recebermos muitas informações em um momento em que o mundo avança para construir novas relações.

Quer participar da Jornada Técnica Canadá do IBGC? Ainda dá tempo!

Turma 1: De 31 de maio a 8 de junho de 2022 (6 vagas remanescentes)

Turma 2: De 8 a 16 de junho de 2022 (2 vagas remanescentes)

Inscreva-se aqui 

Caso as vagas tenham acabado no ato da inscrição, o associado ou associada do IBGC entrará, automaticamente, para uma lista de espera da JT e podem ser chamados se houver desistência de outras candidaturas.