O IBGC sediou na manhã desta quinta-feira, 20 de fevereiro, o lançamento da segunda edição da pesquisa Perspectiva dos Conselheiros e Executivos – Ambiente de Negócios e Governança Corporativa com a presença de conselheiros e associados certificados pelo instituto.
A pesquisa, que teve a sua primeira edição publicada em 2024, tem como principal objetivo oferecer insights profundos sobre as percepções e expectativas de líderes empresariais em relação ao ambiente de negócios e às práticas de governança corporativa no Brasil.
“Esta nova edição foi elaborada a partir de 349 respostas de profissionais de diferentes organizações”, iniciou Adriane de Almeida, diretora de ensino e inovação do IBGC, após dar as boas-vindas aos presentes. A diretora também trouxe à tona um pequeno spoiler do conteúdo da pesquisa, e comentou que os respondentes se consideram menos preparados para a discussão sobre os tópicos desastres ambientais, mudanças climáticas e o avanço da inteligência artificial.
Dois painéis, visões coletivas
O evento foi dividido em duas partes: a primeira contou com a palestra de Chris Garman sobre geopolítica. Chris é diretor executivo para as Américas da Eurasia Group.
Durante a sua fala, o especialista fez uma análise geral sobre o momento atual da geopolítica no Brasil e no mundo. Ele trouxe à tona como os governos atuais influenciam na governança e relatou que vivemos um momento de ruptura política.
“Qualquer conselho e qualquer conselheiro deveria pensar como é que as mudanças da ordem geopolítica podem afetar e impactar seus negócios, e também a posição do Brasil na ordem de geopolítica global”, argumentou.
Além disso, Garman também explicou que a ordem geopolítica do mundo está desestruturada por tópicos como:
• Rivalidade entre Estados Unidos e China que está se intensificando ao longo do tempo;
• A postura revanchista da Rússia;
A segunda etapa apresentou o lançamento oficial da pesquisa com falas de Ana Novaes, conselheira de administração da B3, e Juliana Buchaim, conselheira do Banco ABC Brasil e co-chair da WCD. A mediação foi de Danilo Gregório, gerente de conhecimento e relações institucionais do IBGC.
Perspectivas e projeções de governança corporativa para 2025
Quais são as perspectivas dos membros de conselhos de administração, consultivos e de membros de diretoria para os próximos 12 meses em governança corporativa?
Essa foi a pergunta que orientou a fala inicial de Danilo Gregório ao trazer alguns dados iniciais da pesquisa. O gerente elucidou que, além de projetar o que esperar da governança corporativa, o estudo exclusivo também traz percepções inseridas nos ambientes de negócios, e nos ambientes geral, político e econômico.
Apesar de a perspectiva dos líderes ser primordialmente neutra (34,4%) e boa (32,1%), Danilo chama a atenção para alguns fatores que poderiam colocar em risco esse ambiente de negócios otimista e, dentre eles, destaca:
• Carga tributária;
• Risco de inflação;
• Corrupção;
• Falta de qualificação da mão de obra;
"Eu acho que esses tópicos certamente são uma preocupação das empresas porque o custo de cumprir com carga tributária no Brasil é enorme”, pontuou a conselheira Ana Novaes ao falar sobre a análise de risco evidenciada no estudo.
O estudo trouxe ainda temas com os quais os administradores entendem como prioridade de investimentos para 2025. Entre eles estão expansão de mercado (55,3%), capital humano (33,2%) e IA (30,4%), colocando esses temas sob a perspectiva de mudanças estratégicas para os próximos 12 a 18 meses.
A pesquisa já está disponível para consulta no Portal do Conhecimento e todos podem acessar clicando neste
link.