As empresas de capital fechado encontram-se em um estágio inicial no que diz respeito à adoção das boas práticas de governança corporativa. Em média, a pontuação é de 34,6 – em uma escala que vai de zero a 100 –, conforme indica a primeira avaliação feita a partir da Métrica de Governança Corporativa, do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).

“A Métrica permitiu, de um lado, que as empresas participantes pudessem se olhar no espelho e refletir sobre suas práticas; de outro, que o IBGC começasse a revelar uma fotografia do estágio atual da governança das empresas de capital fechado no Brasil”, explica Luiz Martha, gerente de Pesquisa e Conteúdo do IBGC.

“O resultado indica que nossas empresas de capital fechado têm um longo caminho a percorrer e que poderão contar com a Métrica e com o IBGC para guiá-las nesse processo de desenvolvimento”, comenta. As empresas participantes do projeto responderam um questionário online com perguntas sobre estrutura da administração (diretoria e conselho de administração), transparência e órgãos de fiscalização e controle, entre outros temas relevantes.

Juntas, elas obtiveram pontuação média de 34,6 (em uma escala de 0 a 100), justificando, assim, a classificação no estágio inicial de governança corporativa. Se agrupadas por tipo de controlador, as estatais têm a melhor pontuação: 45,2. Estão à frente das empresas de controle familiar e das de capital compartilhado. Analisadas separadamente, observa-se uma tendência de maior adoção das práticas de governança diretamente proporcional ao faturamento das companhias, conforme mostra a tabela a seguir:

Lançada em 2018, a Métrica é uma ferramenta inédita e gratuita de mensuração das práticas de governança corporativa adotadas pelas empresas de capital fechado – na maioria das vezes, familiares. Participaram da análise as 103 empresas que, no ano passado, submeteram-se ao processo de autoavaliação.