“Os investidores estão cada vez mais considerando estas questões (de sustentabilidade) e reconhecendo que o risco climático é um risco de investimento”. A afirmação do fundador, chairman e presidente da BlackRock, Larry Fink, deu o tom de sua já tradicional carta anual para CEOs. Veja o documento na íntegra.

Este ano, a mensagem do responsável pela maior gestora de recursos do mundo tratou principalmente dos potenciais impactos dos riscos climáticos na gestão de investimentos e na economia real global. “Num futuro próximo – e mais cedo do que muitos preveem – haverá uma realocação significativa de capital”, de acordo com trecho do texto.

Fink garantiu que em 2020 a BlackRock fará da sustentabilidade “o coração das estratégias de investimento” da casa. Para isso, a gestora deixará produtos com alto risco de sustentabilidade, como aqueles envolvidos com o mercado de carvão para termoelétricas, por exemplo. Para ele, esse deve ser um compromisso das empresas, mas também dos governos e dos acionistas.

Além disso, o executivo defendeu que as perspectivas de desenvolvimento das companhias devem ser indissociáveis de uma operação sustável. Na avaliação de Fink, assim como afirmações feitas na carta de 2019, “propósito é o motor da rentabilidade a longo prazo”.

A carta apontou ainda que as empresas e países que ignorarem práticas transparentes envolvendo riscos de sustentabilidade com suas partes interessadas enfrentarão um crescente ceticismo por parte dos mercados, o que resultará em custos de capital maiores. “Quando acharmos que as empresas e conselhos não estão produzindo divulgações de sustentabilidade eficazes ou implementando estruturas para gerenciar essas questões, vamos responsabilizar os membros do conselho”, completou o executivo.