Programa Diversidade em Conselho abre inscrições para a 6ª turma

Adriana Muratore, coordenadora do PDeC, fala do impacto da diversidade na performance e longevidade das empresas

  • 22/10/2021
  • Gabriele Alves
  • Bate-papo

Estão abertas as inscrições para a 6ª turma do Programa Diversidade em Conselho (PDeC) que oferece mentorias para mulheres executivas que querem atuar em conselhos de administração. As inscrições começaram em 18 de outubro e vão até 8 de novembro e podem ser feitas pela página do programa, no site do IBGC. Veja aqui.

O PDeC é uma ação conjunta entre o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), B3, International Finance Corporation (IFC), Spencer Stuart e WomenCorporateDirectors (WCD) Foundation, que tem por objetivo ampliar a diversidade nos conselhos de administração e contribuir de forma efetiva para que as boas práticas de governança corporativa sejam disseminadas e o desempenho das empresas melhorado. Para Adriana Muratore, coordenadora do PDeC, é muito disseminado no mercado que não há tantas mulheres preparadas para assumir cargos na alta gestão. “É essa máxima que temos que combater”, afirma a coordenadora.

Candidatura, seleção e novidades da edição

Para se inscrever, as candidatas precisam ter experiências em posições seniores e competências comportamentais para atuação em conselhos. Podem se candidatar mulheres C-Level ou equivalente como empresárias, empreendedoras, sócias de escritório de advocacia, investidoras ou consultoras. Entre os critérios, destaca-se ter no mínimo 10 anos de experiência profissional, além de interesse e disponibilidade para ingressar em conselhos imediatamente e ter conhecimento sobre governança corporativa.

As candidaturas serão analisadas pelo Comitê do PDeC responsável pelo processo seletivo e um dos objetivos é alcançar um grupo final, com 35 candidatas, o mais diverso possível. Para isso, o formulário de inscrição considera informações sobre experiências profissionais, formações acadêmicas, raças, etnia, origem geográfica, identidade de gênero/orientação afetivo-sexual e deficiências. Após a seleção das executivas, o programa designará um mentor para cada candidata selecionada. “Fazemos uma análise importante para escolher o mentor de cada mentorada, para que haja não só uma complementariedade, mas para que seja possível alavancar a visibilidade das mentoras”, comenta Muratore.

Com duração de 10 meses, o programa vai de março a dezembro de 2022. Ao longo deste período devem ser desenvolvidas, no mínimo, 6 sessões de mentoria, articuladas entre mentores e mentoradas. As atividades da edição estão previstas, em princípio, para acontecerem de forma remota.

A partir desta nova turma, as participantes selecionadas deverão fazer uma contribuição financeira no valor de R$20.000,00, voltada para os custos operacionais do programa, além disso, haverá 5 vagas, entre as 35, com bolsas que garantem 100% de gratuidade para as participantes que não poderão arcar com a contribuição. Acompanhe a seguir, mais detalhes do papo com Adriana sobre as novidades da 6ª turma:

BLOG IBGC: Poderia comentar um pouco mais sobre a estrutura do programa e quais conteúdos as participantes podem encontrar?
Adriana Muratore: O programa se fundamenta em três pilares: a mentoria individual com conselheiros influentes; o curso on-line elaborado pelo IBGC que nesta próxima edição será sobre “Governança Corporativa e visão de longo prazo”, além dos eventos e ações de networking. Trazemos mentores qualificados que estejam dentro desse ecossistema e é importante destacar que o programa vem amadurecendo gradativamente. Ele foi iniciado em 2014, foi crescendo a partir do nível de aporte de tempo das entidades e a gente conseguiu uma maturidade muito grande, sobretudo a partir da  turma 5, encerrada em setembro deste ano.

Nesta nova turma, haverá participantes pagantes e o oferecimento de bolsas para candidatas que não podem arcar com essa contribuição. Quais foram as motivações para esta mudança?
A contribuição das participantes é destinada à manutenção da estrutura operacional desta turma. Além disso, com o amadurecimento do programa e da própria agenda de diversidade no mercado, tornou-se inevitável a criação de uma estrutura mais robusta de apoio aos voluntários, de forma a manter a qualidade na entrega de todas as iniciativas do PDeC. Vale lembrar que o PDeC continuará sendo um programa sem fins lucrativos, com contribuição pro bono das entidades organizadoras e participação voluntária de profissionais de mercado e que a prestação de contas sobre o destino das contribuições será feita de forma regular e transparente.

Como será o processo para as 5 vagas com bolsas gratuitas?
O processo de seleção seguirá com os mesmos critérios descritos no edital e, caso seja selecionada para participar do programa, ao final da segunda etapa, será pedido para a candidata enviar ao comitê uma auto declaração de hipossuficiência financeira assinada.

Como você avalia o impacto da diversidade no ecossistema de negócios das companhias brasileiras?
A diversidade é uma forma de aportar qualidade dentro dos conselhos e maior performance nas organizações. Por isso, defendemos a diversidade para que as empresas brasileiras tenham maior performance e maior longevidade. Sabe-se que o mercado como um todo está evoluindo lentamente na pauta de diversidade, mas o fato de você ter uma amplitude de opiniões nas discussões de conselhos, seja no desenho de um planejamento ou na solução de problemas, é muito mais eficaz.

Para realizar a inscrição, as interessadas devem acessar este link. Em caso de dúvidas, podem escrever para o e-mail: [email protected]


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