Saiba como foi a 4ª edição do Governança 360 no IBGC

As palestras e debates do evento tiveram a curadoria de conteúdo realizada pelas comissões temáticas do instituto

  • 28/11/2024
  • Angelina Martins
  • Eventos

O Governança 360 foi promovido no dia 27 de novembro - em formato híbrido (presencial, para associados, e on-line, para todos os interessados) - e os participantes tiveram a oportunidade de conhecer o que as comissões do instituto estão discutindo e interagir com os associados voluntários participantes das comissões.

Ao receber os mais de 200 participantes, Luiz Martha, diretor de conhecimento e Impacto do IBGC, ressaltou tratar-se de uma edição ainda mais especial, não somente pelo sucesso das outras edições, mas por ser o momento de comemoração dos 29 anos do instituto: "Neste período, do qual, tive o prazer de participar da maioria das ações, o instituto foi sinônimo de inovação, parceria, entrega e amor à causa e ao voluntariado”.

Também na abertura do evento, Márcia Aguiar, diretora de marketing e relacionamento do instituto, lembrou que, quando surgiu a ideia de promover o Governança 360, em 2023, um formato ainda inédito para o IBGC, não se imaginava que se realizaria a quarta edição apenas um ano depois de sua criação.

“Esta verdadeira maratona de conhecimento só é possível graças às comissões temáticas, responsáveis pela curadoria da programação. Em nome de toda a gestão do IBGC gostaria de deixar um agradecimento e os meus parabéns. Esse trabalho colaborativo é essencial para quem vivencia a governança corporativa no dia a dia”, iniciou Márcia.

Sobre o que versaram as palestras e debates?
- Novas demandas ambientais e climáticas para acesso a capital: o papel do conselho.
- Estamos (mesmo) equilibrando e engajando os nossos vários públicos de interesse (stakeholders)?
- A reponsabilidade do conselheiro sobre as novas regulações de reporte de sustentabilidade.
- Conselhos e inteligência artificial: aplicação de IA nas diversas dimensões do conselho.
- A importância dos conselhos consultivos para empresas de capital fechado.
- Governança nas Sociedade Anônima de Futebol (SAFs): expectativas e práticas.
- A jornada ESG em empresas familiares de capital fechado.
- Capitalismo de stakeholders: a jornada de convergência a partir da tríade propósito, estratégia e cultura organizacional.

Em sua mensagem ao final do evento, Ricardo Lamenza, vice-presidente do conselho de administração do IBGC agradeceu aos palestrantes e moderadores que conduziram os painéis do dia, e aos participantes, nas modalidades presencial e on-line: “É a energia dos nossos associados, voluntários e de toda a equipe que permite entregar, com tanta dedicação, o nosso propósito de "uma governança corporativa melhor para uma sociedade melhor".

Eventos em 2025
Antes de convidar todos os presentes para o brinde em comemoração aos 29 anos do instituto, Valeria Café, diretora-geral do IBGC, informou sobre inscrições de dois eventos a serem realizados em abril de 2025: “O Fórum Nacional de Governança da Família Empresária, no dia 8 de abril, e o Encontro de Conselheiros, no dia 9 de abril. Vejam os requisitos de participação em cada evento e garantam a presença de vocês com desconto, até dia 16 de dezembro".

As inscrições para o Fórum começam no dia 28 de novembro. As inscrições para o Encontro começam dia 2 de dezembro. Acesse este link e acompanhe os processos de inscrição nestes e nos próximos eventos do IBGC.

Em breve, o Portal do Conhecimento disponibilizará a gravação do evento para os associados do IBGC.


Destaque para algumas mensagens das palestras

“Temos sentido mudanças no discurso sobre ESG, sustentabilidade e impacto, conceitos que viajam juntos. Na nossa avaliação, o Brasil está muito bem em termos de regulação, e muitas vezes esses debates são liderados por executivos e conselhos das empresas. E tem que ser assim, porque o discurso precisa estar alinhado à cultura da empresa.”
Novas demandas ambientais e climáticas para acesso a capital: o papel do conselho - Frederic de Maris, read de sustainable finance na UBS LatAm, Professor na Columbia University.

“Na nossa área de estratégia discutimos todos os indicadores, objetivos, projetos e processos. A cada estágio de liderança precisamos garantir que os líderes estejam preparados, e a nossa principal meta hoje é tratar o tema liderança. A discussão das nossas agendas entra nesse escopo, porque se nosso dia está comprometido com uma agenda não estratégica, não conseguimos garanti-la, o que demanda proteger as agendas dos nossos executivos. É nisso que estamos trabalhando."
Estamos (mesmo) equilibrando e engajando os nossos vários públicos de interesse (stakeholders)? - Júlio Vieira, diretor de relações com mercado, negócios e estratégia do HCor.

“É preciso que o conselho compreenda o que a IA pode fazer e esse é um desafio na educação dos membros do conselho. Há também uma questão importante sobre o que a IA pode ajudar na agenda ESG, desde ferramentas de monitoramento, controles externos e construção de narrativas, porque é importante entender a sua contribuição e como em tudo, o conselho tem que monitorar e olhar para a frente. Nosso papel na sala de conselho é saber conversar e para isso precisamos ter conhecimento.”
Conselhos e inteligência artificial: aplicação de IA nas diversas dimensões do conselho - Helder de Azevedo, CCA e membro da Comissão Temática Conselho de Administração.

“S1 e S2 têm que ser tema dos conselheiros e podemos dizer que precisamos nos letrar, mas todas as diretorias executivas estão na mesma situação. Inclusive, quem é o guardião desse tema? Deveria ser a área de compliance, de contabilidade, de sustentabilidade? Cada conselho é um conselho e cada empresa é única, o que vai muito dos skils que o diretor possa ter com sua equipe. E não há demérito para as áreas, desde que estejam compartilhando decisões finais sobre o tema.”
A reponsabilidade do conselheiro sobre as novas regulações de reporte de sustentabilidade - Rodolfo Sirol, diretor de meio ambiente e sustentabilidade na CPFL.

"A gente precisa aprender e crescer com a jornada de sustentabilidade. O nosso desafio enquanto líder da área de ESG se torna mais complexo, porque atuamos em áreas distintas e uma única iniciativa não funciona para todas; temos que olhar o que é importante para cada negócio da família. A gestão e impactos de cada negócio é diferente, mas preciso ter minimamente uma linha estratégica e por isso a importância de uma área ESG que seja transversal a todas”.
A jornada ESG em empresas familiares de capital fechado - Catharina Machado Guimarães Ferreira, diretora de pessoas e sustentabilidade do Grupo Cornélio Brennand.

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