Ataques de hackers,
LGPD, solicitações de resgate ou sequestro de dados e outros incidentes cibernéticos eram, até recentemente, questões exclusivas das áreas de Tecnologia da Informação (TI). Mas quando se trata de boas práticas de governança corporativa, o cenário tende a mudar.
“A gente quer mostrar que esse não é um assunto só de TI, mas da alta administração de uma empresa”, disse Roberto Lamb, conselheiro, professor e autor de livros de finanças e um dos moderadores do debate Cyber Trends for Board Members, que aconteceu em 24/02 e foi transmitido no canal do IBGC do YouTube.
Conselhos envolvidos com TI
Para Etti Berger, CEO, cofundadora da TripleP Consulting and Training e convidada como palestrante do IBGC Conecta, as empresas devem abrir os olhos para o fato de que a pandemia da Covid-19 mudou completamente a forma de trabalhar. Neste cenário, os membros de conselhos de administração vão precisar estar familiarizados com a linguagem de sistemas, com os termos tecnológicos e com o funcionamento dos softwares. “Caso contrário, as empresas estarão correndo risco”, disse Etti.
Marco Faldini, sócio da IBI-Tech e moderador do debate, mostrou preocupação em relação à postura de conselheiros brasileiros em relação à cybersegurança. Faldini lembrou que a pesquisa global do GNDI mostrou que o ESG será prioridade dos boards após a pandemia no Brasil. “Já o corte internacional mostra preocupação maior com questões de segurança tecnológica”, alertou Faldini.
Para Lamb, esta questão tem que partir do presidente do conselho deve colocar esta assunto na mesa. "Esse é um tema que ameaça a continuidade da empresa e por isso trata-se de um tema fundamental e os conselheiros precisam colocar essa assunto na agenda".