Você conhece os níveis de internacionalização de empresas?

A publicação do IBGC pontua motivações, riscos, desafios e competências necessárias para o ingresso no mercado externo

  • 24/05/2023
  • Angelina Martins
  • Portal do Conhecimento

Na publicação do instituto,  “O Papel do Conselho no Processo de Internacionalização de Empresas Brasileiras”, disponível no Portal do Conhecimento, são abordados os três níveis de internacionalização: entrada inicial no mercado externo, expansão e globalização; além da internacionalização motivada pela inovação, considerada o quarto nível.

Apesar do crescente envolvimento com o mercado externo, as etapas não configuram, necessariamente, uma sequência ou passagem obrigatória. Vejamos:

Nível 1: entrada inicial no mercado externo
Esse nível, caracterizado pela exportação, pode ser entendido como o de menor grau de comprometimento, por não envolver presença constante nos países de destino, até porque as transações costumam ser feitas por intermédio de representantes ou agentes locais. Para avançar de exportadora a global, a empresa precisa fazer grandes transformações nos seus modelos de negócio. As principais motivações nesse nível são, entre outras: oportunidade de crescimento de receita, diluição de custos fixos e aumento da rentabilidade; diversificação de riscos e resposta à demanda internacional. 

Nível 2: expansão no mercado externo - Investimento Estrangeiro Direto (IED)
Empresas neste nível estabelecem no exterior desde escritórios comerciais até unidades de armazenamento ou produção, podendo ainda contar com outras estruturas de suporte local. É recomendável considerar parcerias ou acordos com empresas locais e/ou outras companhias internacionais que já tenham histórico bem-sucedido de operação no país. As atividades produtivas no exterior podem proporcionar à empresa, entre outros benefícios, maior crescimento e expansão em novos mercados, desintermediação com maior aproximação do cliente final e aumento da rentabilidade.

Nível 3: globalização
A empresa se torna global quando o seu grau de internacionalização compreende uma grande diversidade de mercados, estabelecendo raízes em diversos países. Neste nível, a empresa passa a tirar proveito das sinergias derivadas de operações em escala global, com a utilização ótima de seus recursos e a maximização do lucro e do crescimento. As características da empresa global incluem, entre outras: transferências e vendas de produtos e marcas de um país para outro, fortalecimento do atendimento a clientes globais e concorrência em nível global.

Nível 4: internacionalização motivada pela inovação 
Este quarto nível surge com a inovação e a tecnologia digital tomando o centro da competitividade dos negócios no século 21. O desenvolvimento da economia do conhecimento, aliado ao aumento do nível de competição, levou à necessidade de intensificar a busca de inovações e diversificar os meios de obtê-las, muitas vezes de modo associado a processos de internacionalização. Essas iniciativas são classificadas de três maneiras: a busca de conhecimentos em todo o mundo, o uso da inovação externa e o recurso à inovação aberta.


A publicação “O Papel do Conselho no Processo de Internacionalização de Empresas Brasileiras” também traz de forma detalhada qual o papel do conselho de administração em cada nível de internacionalização. O conteúdo integra a coleção "IBGC Orienta” e pode ser conferido na íntegra no  Portal do Conhecimento.



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