Compliance e integridade corporativa são temas de fórum no IBGC

O evento versou sobre tendências e desafios da adoção de programas de compliance e integridade corporativa no Brasil

  • 16/04/2024
  • Angelina Martins
  • Eventos

O combate à corrupção foi o tema do fórum de debates “Compliance e integridade corporativa: passamos da fase do combate à corrupção?” promovido pelo IBGC no dia 16 de abril, em sua sede em São Paulo (SP) e em formato híbrido.

Para participar das discussões sobre o tema, o IBGC convidou Marcelo Vianna (secretário de integridade privada da Controladoria-Geral da União (CGU)) e Reynaldo Goto, diretor de compliance da BRF e gerente de projetos da força-tarefa de compliance e integridade do B20.

A moderação ficou a cargo de Danilo Gregório, gerente de relações institucionais e governamentais do instituto, que abriu o fórum lembrando que a edição da Lei nº 12.846, de 2013, e escândalos corporativos revelados, geraram uma onda de compliance nas empresas brasileiras – em consequência a essa necessidade observada, o IBGC lançou o curso Compliance e Governança: da conformidade legal à integridade corporativa e a publicação Compliance à Luz da Governança Corporativa, com contribuições de Reynaldo Goto e da CGU.

“Percebemos que houve mudança no teor das discussões de compliance. Se naquela época a preocupação eram as fraudes, outros temas ganharam evidência nos últimos anos, como diversidade, equidade e inclusão, direitos humanos, saúde, meio ambiente e inteligência artificial. Será que mudamos de foco ou o risco de corrupção continua no centro das atenções?, apontou Danilo.

Sobre essa observação, Marcelo ressaltou a aprovação de uma resolução brasileira em convenção anticorrupção da ONU, que promovia o engajamento dos países em assumir a responsabilidade, aplicando o conceito de integridade de modo mais amplo, com medidas em relação ao meio ambiente, desenvolvimento sustentável, e até mesmo equidade.

Em uma de suas interlocuções, Marcelo Vianna destacou também os movimentos que os países podem fazer pela integridade das companhias – não colocando a carga desse papel somente nas empresas privadas: “Enxergamos que os governos possuem um papel muito importante em encorajar as empresas a atuarem, e isso significa criar estruturas de incentivo para que se sintam mais motivadas a trabalhar de forma integral, para terem mecanismos e instrumentos internos que visem a integridade”, detalhou.

Reynaldo Goto, por sua vez, dividiu com os presentes alguns aprendizados obtidos por ele em sua jornada, ressaltando a legislação brasileira, que segue preceitos internacionais, e a contribuição da profissionalização dos conselhos no processo de construção da governança nas empresas.

O executivo citou exemplos internacionais de corrupção e escândalos corporativos. Disse que o exercício da governança se vê nos momentos de crise e que, apesar de alguns retrocessos, há investimentos no tema, exemplificando a atuação do IBGC que, em suas palavras, “virou um porto seguro para pessoas bastante preocupadas com qualificação dos conselheiros – e com isso, vejo claramente a melhoria em relação à profissionalização dos conselhos, um efeito colateral da legislação”.


Daqui a alguns dias, os associados do IBGC podem acessar no Portal do Conhecimento a íntegra do Fórum, com as palestras e respostas às perguntas dos participantes.

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