As transformações de sucesso têm seis pontos em comum: engajamento e comprometimento do CEO; apoio do conselho e dos acionistas; rapidez no processo de mudança; criação de uma narrativa convincente para a necessidade de transformação; coragem para tomada de decisões difíceis; e envolvimento de todas as áreas da empresa no processo de inovação. Esta foi a conclusão de estudos realizados pela McKinsey e apresentados pelo sócio da prática de transformações da consultoria, Rami Goldfajn, durante palestra no 7º Encontro de Conselheiros do IBGC.

Analisando os casos de empresas bem-sucedidas no processo de transformação foi possível extrair outras lições. De acordo com ele, as metas estabelecidas devem ser ambiciosas para identificar o potencial máximo de mudanças. Esses objetivos não podem ser negociados. É possível que as metas não sejam alcançadas, mas mesmo assim não deve haver penalidades. Nos processos de inovação, a falha faz parte do caminho do sucesso.

Goldfajn ressaltou que o centro da transformação é a saúde organizacional. Durante o processo de inovação, devem ser acompanhadas com atenção as infraestruturas -- especialmente as relacionadas a pessoas – que mantêm a empresa saudável. É fundamental alinhamento dos colaboradores.

As pessoas também são o principal foco de insucesso dos processos de transformação. Segundo estudo da McKinsey, 70% das tentativas de mudanças nas companhias não funcionam. “Resistência da organização é o mais comum. A segunda maior causa foi a liderança que não aceitou o processo”, afirmou Goldfajn. Por esta razão, o aspecto comportamental deve receber atenção especial.

O 7º Encontro de Conselheiros é uma iniciativa do IBGC, com patrocínio da B3, KPMG, Bradesco e Itaúsa e apoio da Mediastream e do WomenCorporateDirectors (WCD).