Governança corporativa aumenta visibilidade de startups

Estrutura organizada aliada à agilidade é combinação perfeita para atrair recursos de investidores a este segmento

  • 06/11/2020
  • Equipe IBGC
  • Congresso

O Brasil tem cerca de 12,7 mil startups, segundo a Associação Brasileira de Startups. São empresas que têm transformado a economia e se destacam em setores diversos, como serviços financeiro, saúde, educação, varejo e até agronegócio. As startups, no entanto, carregam alguns estigmas. São vistas como empresas ágeis, mais propensas ao risco e extremamente informais. Diante disso, a pergunta que fica é: como as boas práticas de governança corporativa podem ajudar a gerar mais valor para o negócio?

“Acho que nenhuma empresa startup nasceu sem ter um conselheiro. Nem que seja o pai ou a mãe do fundador”, disse André Maciel, fundador da Volpe Capital, durante a plenária “Transformação na governança e nos conselhos – da startup ao IPO”, que aconteceu na sexta-feira (6) durante 21º Congresso IBGC.

O exemplo ilustra a ideia de que incorporar boas práticas de governança coorporativa não é um processo doloroso. Pelo contrário. É mais simples um jovem empreendedor entender como a governança pode ajudá-lo a ganhar a credibilidade de investidores. “Na startup a governança é menos escrita e tradicional e mais orgânica e natural”, observou o fundador da Volpe Capital. 

Governança no DNA

Atuando em empresa de venture capital, Maciel percebe que questões como ética, preocupação com a gestão de pessoas e disclousure costumam vir no DNA dos novos empreendimentos. Para ele, quando esses valores estão estruturados por uma governança sólida, a empresa torna-se ainda mais atraente aos investidores. 

Para Laura Constantini, fundadora Astella Investimentos, a governança corporativa traz transparência e visibilidade. “A governança permite que empreendedores e investidores combinem juntos os seus objetivos”, disse. 

Kika Ricciardi, conselheira, sócia-Investidora e mentora de Scale-ups, lembrou que nos últimos cinco anos aumentou bastante o fluxo de recursos para o segmento de startups. Sejam de investidores diretamente interessados ou de agentes como incubadoras ou aceleradoras. Destacou também a importância da preservação das características da startup, inclusive nos processos de aperfeiçoamento da empresa. “É preciso garantir a manutenção do caráter de experimentação e de respostas rápidas”, lembrou.

Sobre quais são os passos a serem seguidos por um fundador de startup para iniciar o processo de estruturação organizacional de seu negócio, Álvaro Schocair, fundador da Quebec Impact Assets e Link School of Business, recomendou a publicação do IBGC:  Governança Corporativa em Startups & Scale-ups. A dica, disse, vale principalmente para os que almejam a abertura de mercado por meio de uma oferta inicial de ações (IPO). 

O 21º Congresso IBGC acontece entre 3 e 27 de novembro e conta com patrocínio de KPMG, B3, Brunswick, Diligent, Bradesco, Cielo, Domingues Advogados, INNITI, Itaúsa e Nasdaq MZ. Para saber mais, acesse o link 

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