O estudo procura entender o ambiente de negócios e governança e compreender a percepção e perspectivas de conselheiros e executivos sobre diferentes aspectos de economia, negócios e governança para 2024.
A pesquisa apresentou o ponto de vista de conselheiros e diretores em relação à perspectiva econômica para o Brasil, aos fatores que interferem no desempenho dos negócios e às principais mudanças estratégias e investimentos previstos para 2024. Para isso, foi aplicado um questionário fechado que obteve 383 respostas de administradores de diferentes organizações.
Desse total, 192 respondentes ocupam cargos como conselheiros (de administração, fiscais e consultivos) e 191 como diretores, que apresentam “uma amostra bastante interessante do nosso mercado, do ambiente empresarial, das nossas lideranças”, conforme pontuou Luiz Martha, gerente de pesquisa e conteúdo do IBGC, na abertura do evento.
Luiz Martha fez um breve relato dos resultados da pesquisa e moderou o debate de lançamento da publicação, conduzido por Claudio Toigo, CEO da RBS; Deborah Stern Vieitas, presidente do conselho de administração do Banco Santander Brasil; e Hsia Hua Sheng, vice-presidente do Bank of China (Brasil) e professor de finanças da Fundação Getúlio Vargas.
“O estudo visa apresentar insights que possam ajudar a entender se a visão da companhia em relação ao mercado está alinhada ou não ao que uma média do mercado está imaginando”, destacou o gerente de pesquisa, acrescentando que, quando se relaciona governança ao tema, os conselhos deveriam ponderar se tais percepções passaram despercebidas e que, talvez, seja importante refletir sobre elas.
Veja algumas análises da pesquisa:
- Os respondentes estão divididos em relação à avaliação da conjuntura econômica atual do país. No entanto, a maioria tem uma avaliação entre “neutra” (33,7%) e “boa” (32,4%).
- Em relação ao desempenho econômico empresarial, fatores como o ambiente político nacional, tributação, qualificação da mão-de-obra e infraestrutura são os que mais o prejudicam, na percepção dos administradores.
- Sobre o ambiente de negócios para 2024, a maioria dos administradores também o avalia como “bom” (35,8%) ou “neutro” (34,2%).
- Os administradores apontaram os principais investimentos pretendidos para 2024: novas tecnologias para auxiliar o processo decisório, pesquisa e desenvolvimento, e bens de capital. Mudanças no plano de negócios, adoção de novas tecnologias e corte de custos são algumas das principais mudanças previstas pelos administradores para os próximos 12 a 18 meses.
- A maioria dos administradores considera ser provável o aprimoramento de práticas de governança em suas organizações, em 2024. Os que apontam ser pouco provável esse aprimoramento, o justificam pela falta de percepção das organizações sobre os benefícios da governança.