Quatro recomendações para gestão de cadeia de fornecimento

Confira o papel dos conselhos e da diretoria no tema, a partir de publicação do IBGC sobre boas práticas ESG

  • 02/05/2023
  • Angelina Martins
  • Você sabia?

Complexas e estratégicas, as cadeias de abastecimento e distribuição podem gerar muitos benefícios, com efeitos positivos na geração e distribuição de riquezas, incluindo bem-estar, crescimento econômico, desenvolvimento e redução de desigualdades.

A publicação do IBGC Boas Práticas para uma agenda ESG nas organizações destaca que, também na cadeia produtiva, uma boa governança - cuja responsabilidade é do conselho e diretoria - é um dos passos fundamentais para evoluir a gestão das cadeias de fornecimento, de distribuição e de prestadores de serviços.

Muitas vezes, fora dos grandes centros urbanos essas cadeias estimulam a geração de emprego e renda e podem apoiar uma produção responsável, ao incluir critérios de seleção e avaliação de seus parceiros a respeito de desempenho ambiental, rastreabilidade do material fornecido ou práticas de trabalho reconhecidas. Assim, a disseminação das boas práticas ambientais, sociais e de governança na cadeia de valor pode conferir um ganho de escala aos benefícios gerados pela agenda ESG.

Assim como a organização gerencia sua cadeia de fornecimento e distribuição para assegurar o cumprimento de aspectos regulatórios, de qualidade e de eficiência financeira, é essencial o acompanhamento da atuação de seus parceiros comerciais na redução ou mitigação dos impactos dessas atividades à economia, à sociedade e ao meio ambiente.

Veja a seguir quatro  pontos que podemos extrair da publicação:

1- Elaborar um mapa para dar mais visibilidade a pontos críticos e de contato
Organizações com cadeias extensas ou muito ramificadas ainda podem optar por construir uma matriz de riscos específica. Os critérios para classificação da criticidade vão além do volume de compras, envolvendo o potencial e a magnitude do impacto.

2- Avaliar elo com fornecedores
Os “fornecedores dos fornecedores” são difíceis de serem alcançados na gestão da cadeia de valor, mas a organização precisa avaliar esses elos. O mesmo ocorre no caso de colaboradores em funções terceirizadas. A destinação final dos produtos, após o consumo, é outro aspecto que deve receber atenção, a exemplo do descarte de resíduos tóxicos, como pilhas e baterias.

3- Revisar práticas e processos de compra
As práticas e os processos de compras precisam ser formalizados em políticas corporativas e revisados periodicamente, e a criação de um código de conduta para fornecedores e distribuidores pode ser uma ferramenta para alinhar as expectativas entre as partes.

4- Código de conduta para fornecedores
Boas práticas de gestão da cadeia de fornecedores envolvem processos de elaboração de contratos, instrumentos de engajamento, treinamentos e canais de comunicação. Em todas essas etapas, um código de conduta específico, aprovado pela diretoria, é um importante instrumento que fortalece, formaliza e dissemina as condutas esperadas relacionadas à agenda ESG. Organizações mais maduras em relação à cadeia de fornecimento podem avançar para um programa de educação continuada voltado para esses parceiros em temas como integridade e incorporação das práticas ESG.


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